O presidente do Conselho Fiscal do Sebrae Previdência, Roberto Marinho, avalia que 2025 foi um ano marcado por decisões responsáveis, governança consistente e resultados expressivos. Ele destaca os principais aspectos que fundamentaram a recomendação pela aprovação das contas, analisa os sinais de sustentabilidade do crescimento patrimonial e aponta as prioridades do Conselho Fiscal para 2026, com foco no fortalecimento do controle de riscos e na proteção do interesse coletivo dos participantes, assistidos e patrocinadores. Acompanhe a seguir:

Presidente, em 2025 o Conselho Fiscal recomendou a aprovação das contas e acompanhou resultados bastante positivos. Que aspecto da gestão de 2025 mais chamou sua atenção na hora de emitir essa recomendação?

O ano de 2025 foi repleto de importantes desafios e de oportunidades que foram aproveitadas de maneira competente pelo Instituto Sebrae Previdência. O que mais se destacou neste ano foi a consistência da governança corporativa aliada à disciplina de execução da gestão. Observamos aderência rigorosa às políticas aprovadas pelo Conselho Deliberativo, a transparência nos processos decisórios, o adequado cumprimento dos diplomas legais e o forte alinhamento entre Conselhos, Diretoria Executiva e áreas técnicas do Sebrae Previdência. As orientações emanadas da Previc foram também bastante relevantes para o aperfeiçoamento contínuo dos procedimentos internos, tendo contribuído para elevar ainda mais nosso alto padrão de entregas. A atuação responsável da gestão, alicerçada nos princípios técnicos do Sebrae Previdência, permanentemente monitorada pelo Conselho Fiscal, permitiu a recomendação da aprovação das contas, bem como o acompanhamento dos resultados tão expressivos que obtivemos, sem nunca nos afastar dos aspectos de prudência, equilíbrio atuarial e foco no longo prazo, pilares da previdência complementar fechada.

O Conselho Fiscal acompanhou um crescimento patrimonial expressivo e resultados de investimentos bem acima da inflação. O que vocês entendem como sinais de que esse crescimento está sendo, de fato, sustentável e não apenas conjuntural?

O ano de 2025 foi marcado por um instabilidades no âmbito geopolítico, com guerras, tarifas e pressões econômicas, além de intensa volatilidade nos mercados. Mesmo diante de tantos desafios, entendemos que a sustentabilidade do crescimento está evidenciada pela diversificação adequada dos investimentos, pelo respeito aos limites legais e pela superação consistente da inflação com controle de riscos. O acompanhamento sistemático do passivo atuarial, os testes de estresse e os relatórios periódicos analisados pelo Conselho Fiscal demonstram solidez estrutural. Soma-se a isso o alinhamento estratégico entre gestão dos Planos pela Diretoria Executiva, Comitê de Investimento e Conselho Deliberativo, o que reforça que os resultados decorrem de uma estratégia bem definida, bastante técnica e sustentável de longo prazo.

Se vocês pudessem destacar uma prioridade para o trabalho do Conselho Fiscal em 2026, qual seria: fortalecer ainda mais o controle de riscos, aprofundar o olhar sobre tecnologia e segurança da informação, acompanhar a expansão de planos, ou outra frente?

Para 2026, a prioridade do Conselho Fiscal será aprofundar ainda mais o controle integrado de riscos, com especial atenção aos riscos operacionais, tecnológicos e cibernéticos, atuando sempre em consonância com as boas práticas de governança e orientações da Previc. Paralelamente, seguiremos acompanhando de forma próxima a gestão, os investimentos e a expansão responsável dos planos, sempre em alinhamento com o Conselho Deliberativo e com o compromisso com o interesse coletivo dos participantes, assistidos e patrocinadores.