02/07/2021
Já passamos da metade do ano: com o início de julho, o que esperar da economia? Para te ajudar a analisar os próximos movimentos do mercado no Brasil e no mundo, elencamos alguns dos principais acontecimentos dos últimos dois meses no cenário econômico.
MAIO
Podemos dizer que o mês foi positivo para os ativos de risco no Brasil. Contribuíram para esse movimento:
1. Cenário externo mais favorável em função da retomada da economia;
2. No Brasil, a elevação da taxa básica de juros — a Selic, de 2,75% para 3,50% —, em um movimento de “normalização da taxa”.
3. Elevação dos preços de commodities que favorecem especialmente o agronegócio brasileiro e ativos ligados ao segmento de mineração e petróleo, que possuem grande peso no índice Ibovespa; e
4. Alguns avanços nas discussões das reformas administrativas e tributárias.
JUNHO
Apesar da melhora na percepção do risco para o país no mês anterior, em junho algumas desconfianças permaneceram:
1. Com o cenário fiscal do Brasil, apesar da melhora de alguns indicadores;
2. Possibilidade de extensão do auxílio emergencial em resposta ao novo agravamento da pandemia, o que pressionaria ainda mais o quadro fiscal;
3. Inflação mais elevada que o esperado, e consequente novo aperto monetário por parte do Banco Central, que elevou a taxa Selic de 3,50% para 4,25%., como já havia sinalizado em maio;
4. Desdobramentos da crise hídrica – Alerta por parte do governo para risco de desabastecimento em cinco estados do país, que desencadeou o maior acionamento das usinas térmicas. Com ele, o custo da energia aumentou e já atinge os consumidores finais, que estão pagando bandeira vermelha patamar 2, ainda com chances de ser elevada;
5. Movimentação nos prêmios das Treasuries norte-americanas, que vêm oscilando nos últimos meses em resposta à percepção de risco inflacionário nos EUA após diversos pacotes de estímulos anunciados pelo país; e
6. Atualizações recentes no projeto da Reforma Tributária, cujas mudanças já estão gerando um grande burburinho entre especialistas e também investidores pessoa-física.
Com informações de Victor Hohl, Diretor de Administração e Investimentos do SEBRAE PREVIDÊNCIA
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