Logo Sebrae Previdência
 
 
 

HOME > CONHEÇA MAIS > NOTÍCIAS

09/01/2025

Sebrae Previdência encerra o ano com ganho real em todos os perfis e Planos e retorno consolidado acima de 9,5%

O Sebrae Previdência encerrou o ano de 2024 com bons resultados em todos os seus perfis. No consolidado, o resultado bruto da carteira de investimentos, no mês de dezembro, ficou em 0,72%, e no acumulado do ano, 9,57%. O destaque foi o perfil conservador com resultado de 0,92% em dezembro e 10,50% no ano. Esse resultado sólido garante ganhos reais (acima da inflação) para todos os participantes, pois a inflação medida pelo IPCA-15 foi de 0,34% em dezembro e 4,71% em 2024.

O desempenho dos principais ativos financeiros no mês de dezembro foi negativo, influenciado por incertezas macroeconômicas. O principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa, encerrou o mês com queda de 4,28%.  Os títulos públicos federais indexados apresentaram retorno negativo, com queda de 2,62%, medido pelo índice IMAB. Dos principais indicadores, apenas o índice IHFA (Média dos fundos multimercados) apresentou resultado positivo no mês, com retorno de 0,36%. 

Abaixo, segue quadro comparativo dos desempenhos dos perfis de investimentos e planos do Sebrae Previdência, com os principais indicadores de mercado no mês de dezembro:

No acumulado ano, o resultado não foi muito diferente, os planos e perfis do Sebrae Previdência se destacaram frente aos principais indicadores do mercado financeiro.

O desempenho bem superior aos ativos de risco foi fruto da decisão tomada pela gestão do Sebrae Previdência em atuar de forma mais tática, aproveitando janelas de oportunidades em algumas classes de ativo, com destaque para crédito privado e para o aumento da exposição em investimentos no exterior.

Cenário Macroeconômico

Em dezembro de 2024, os mercados globais enfrentaram elevada volatilidade, influenciados por eventos econômicos e políticos significativos. Nos Estados Unidos, a economia manteve sua força, impulsionada pela reeleição de Donald Trump e políticas fiscais restritivas. O Federal Reserve adotou uma postura cautelosa, indicando poucos ou nenhum corte de juros em 2025. Na China, o cenário foi desafiador, com desaceleração no setor imobiliário e pressões deflacionárias, apesar de estímulos voltados ao consumo. Na Europa, a combinação de políticas energéticas ineficientes e concorrência da China impactou negativamente a atividade econômica, destacando uma crescente divergência entre os principais blocos econômicos.

Nos Estados Unidos, o desempenho econômico em 2024 foi robusto, consolidando o país como um dos grandes destaques globais. O S&P 500 avançou 25%, enquanto o Nasdaq subiu 31%, refletindo a resiliência do mercado doméstico e a confiança nas políticas econômicas. Apesar de episódios de volatilidade, especialmente em ações de tecnologia, o ambiente de crédito favorável e o crescimento consistente sustentaram os fundamentos do mercado. A postura do Federal Reserve, focada na estabilidade, contribuiu para reduzir as incertezas e atrair fluxos de capital, reforçando a posição dos EUA como líder econômico global.

Na China, os desafios estruturais ficaram evidentes ao longo do ano. O crescimento foi limitado pela desaceleração no setor imobiliário e pelo ambiente deflacionário, que pesaram sobre a economia. Apesar de estímulos fiscais mais intensos no último trimestre, os resultados foram insuficientes para reverter o quadro. A moeda chinesa continuou pressionada, refletindo as dificuldades econômicas e o impacto de um ambiente global menos favorável. O governo deverá focar em medidas mais incisivas para estimular o consumo doméstico em 2025, mas a recuperação ainda é incerta.

No Brasil, dezembro foi marcado por um cenário econômico difícil. A desvalorização do real, que atingiu R$ 6,31, refletiu a deterioração da credibilidade fiscal e o aumento da percepção de risco. O fluxo cambial foi um dos mais negativos das últimas décadas, enquanto o Ibovespa recuou devido à saída de recursos estrangeiros e revisões negativas de lucros corporativos. A renda fixa também teve desempenho inferior ao CDI, pressionada pela volatilidade e pela falta de medidas concretas para estabilizar as contas públicas.

No acumulado de 2024, o desempenho dos mercados brasileiros foi fraco. O Ibovespa encerrou o ano com queda superior a 10%, enquanto o índice de small caps sofreu perdas de mais de 25%. Na renda fixa, o IMAB registrou queda de 2,5%, e apenas o crédito apresentou resultados acima do CDI, com ganhos superiores a 1,5% acima do benchmark. Esse desempenho reflete um ano marcado por juros elevados, inflação pressionada e uma percepção de risco fiscal que limitou a atratividade dos ativos locais. Para 2025, o Brasil enfrenta o desafio de estabilizar suas contas públicas, restaurar a confiança e atrair fluxos positivos para os mercados financeiros. A divergência entre os resultados de dezembro e o acumulado do ano, alerta para a necessidade urgente de ajustes econômicos profundos, necessários para reverter a deterioração fiscal e recuperar a confiança dos investidores.