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05/09/2024
Em agosto, o Sebrae Previdência conseguiu um excelente desempenho nos seus investimentos. O rendimento bruto foi de mais de 1,1%, enquanto a inflação, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,19%. Isso significa que o retorno foi cinco vezes maior que a inflação no período.
O destaque foi para o perfil arrojado, que teve um rendimento de 1,29%, cerca de seis vezes superior à inflação. Esse resultado foi alcançado graças à utilização de uma estratégia dinâmica de gestão dos investimentos. O Sebrae Previdência aumentou a participação em ações na bolsa de valores brasileira, e reduziu a exposição em títulos públicos federais que, no momento, estavam com um desempenho menos atrativo.
A escolha de investir mais na bolsa refletiu positivamente no desempenho dos perfis moderado e arrojado. Essa estratégia contribuiu para que o perfil arrojado alcançasse um retorno próximo de 1,3% em agosto. Os ganhos foram consistentes em diferentes períodos, sempre ficando acima da inflação, como demonstrado na tabela abaixo. Isso mostra que o Sebrae Previdência está conseguindo não apenas proteger, mas também aumentar o poder de compra da reserva dos participantes.
Cenário Econômico:
Em agosto, a atividade econômica e a inflação desaceleraram globalmente, elevando as expectativas de cortes nas taxas de juros pelos principais bancos centrais ainda neste semestre, beneficiando especialmente os países emergentes. Nos Estados Unidos, o crescimento modesto da renda pessoal disponível e a estabilização da demanda por trabalhadores levaram a uma moderação no consumo e a um aumento da taxa de desemprego, que chegou a 4,3%. Esse cenário ajudou a conter a inflação ao consumidor e sustentou as expectativas de um ciclo de redução das taxas de juros, contribuindo para a recuperação dos mercados de ações, especialmente no setor de tecnologia.
Na Europa, o Banco Central Europeu já havia iniciado a redução dos juros em junho, em resposta ao fraco desempenho da atividade econômica na região. A contínua retração nas encomendas da indústria alemã impactou negativamente a confiança dos empresários, resultando no aumento do desemprego. Apesar disso, as bolsas europeias demonstraram alguma resiliência, impulsionadas pela expectativa de uma política monetária mais branda nos próximos meses. Na China, a retração contínua do mercado imobiliário manteve a confiança do consumidor em níveis historicamente baixos, prejudicando as vendas no varejo e contribuindo para a ausência de pressões inflacionárias, o que, por sua vez, colaborou para o processo desinflacionário mundial. No entanto, o mercado acionário chinês foi impactado negativamente pelas incertezas sobre a recuperação econômica.
No Brasil, o desempenho dos mercados financeiros em agosto foi positivo, com o Ibovespa registrando alta durante o mês. Esse resultado foi impulsionado pelas expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos e pela recuperação do fluxo de investidores estrangeiros, que demonstraram renovado interesse no mercado local. Setores como bancos, utilidades públicas e indústrias, que são sensíveis à política monetária, se destacaram positivamente, refletindo o otimismo em relação a um ambiente de juros mais baixos no médio prazo. No mercado de renda fixa, entretanto, os títulos públicos de prazos mais longos apresentaram uma performance menos atrativa, devido à expectativa de que o Banco Central possa voltar a subir a taxa básica de juros, em função das preocupações com a inflação.
Diante desse cenário, mantivemos reduzido o prazo médio da nossa carteira, minimizando os impactos da remarcação dos títulos de renda fixa. Na bolsa, aumentamos taticamente nossa exposição a partir do final de julho, após reduzir a exposição na carteira de crédito mais líquida. Para os próximos meses, acompanharemos de perto as decisões do Banco Central do Brasil e americano em relação à taxa básica de juros, que podem trazer grande volatilidade aos preços dos ativos financeiros.
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