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05/05/2022

Bolsa apresenta queda de 10,1% e Instituto mantém resultado positivo no mês de abril

Por Victor Hohl, Diretor de Administração e Investimentos

 

Mais uma vez, a carteira de investimentos do Sebrae Previdência mostrou forte resiliência em seus resultados com o aumento da turbulência nos mercados:  o Ibovespa (indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3 - Brasil, Bolsa) caiu 10,1% e o IRF-M (índice de renda fixa prefixada, calculado pela ANBIMA) 0,12% no mês de abril. Mesmo assim, o patrimônio do Instituto apresentou crescimento. O perfil conservador manteve rentabilidade acima de 1% ao mês e os demais perfis de investimentos superaram a performance do CDI no período.

 

Em abril, os preços de ativos seguiram condicionados pela inflação global elevada, pela evolução dos riscos do conflito na Europa e também pelos desenvolvimentos associados à pandemia na China. As bolsas globais apresentaram forte queda, o dólar se valorizou frente as principais moedas do globo, as curvas de juros seguiram subindo — na expectativa do incremento do aperto monetário por parte dos Bancos Centrais de diversos países — e os ativos brasileiros sofreram seguindo o movimento internacional.

 

Ademais, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia ainda permanece uma fonte importante de riscos no cenário global. A suspensão do fornecimento de gás à Alemanha, por exemplo, precipitaria uma recessão de grandes proporções na economia europeia. Um eventual embargo europeu ao petróleo russo — evento cada vez mais provável — pode, também, provocar aumento ainda mais significativo dos preços do petróleo, o que dispararia novas pressões à inflação e elevaria os riscos de recessão global à frente. Assim, os preços do petróleo e demais commodities seguiram exibindo forte volatilidade.

 

Além disso, o risco de desaceleração econômica na China e estagflação na Europa adiciona risco para os países emergentes. Existe uma preocupação muito grande com a política de “Covid zero” na China, uma vez que essa ação provoca um impacto relevante, tanto na economia do país, como para a cadeia de suprimento global, realimentando o cenário de inflação.

 

No Brasil as perspectivas para a inflação seguiram se deteriorando, aumentando a expectativa de que o aperto monetário por parte do Banco Central não se encerre na próxima reunião do COPOM (04/05/2022), pois os indicadores já apontam um ambiente da inercia inflacionária e expectativa de inflação bem acima da meta.  Diante de tantas incertezas, combinadas com o cenário de aperto monetário, as expectativas de crescimento econômico nos próximos anos seguem tímidas.

 

Frente a todo esse cenário, aproveitamos para mais uma vez reduzir nossas posições de risco.  Além das operações de proteção com derivativos e dólar montadas na carteira de investimentos, nossos gestores aproveitaram para reduzir a posição de bolsa, após a forte alta no primeiro trimestre do ano. Ademais, os gestores de renda fixa ativa aumentaram as posições que se beneficiam do cenário de crescimento de juros no Brasil e no mundo.  Alguns de nossos gestores de fundos multimercados aproveitaram para realizar operações vendidas em bolsa no Brasil e no exterior, e também montaram estruturas de operações que se beneficiam do aumento da inflação.

 

Os resultados dessas alterações na carteira de investimentos proporcionaram um bom resultado para todos os perfis de investimentos, considerados os desafios. O grande destaque foi para o perfil conservador que, pelo quarto mês consecutivo, superou o CDI e no ano acumula retorno superior a 1% ao mês.  Os demais segmentos também apresentaram bons resultados se considerarmos que esses perfis exploram oportunidades na Bolsa de Valores, que no mês de abril apresentou performance negativa de  10,1%.  Abaixo, segue quadro resumo com o resultado dos perfis (rentabilidade bruta) no mês, no ano, bem como em 12 e em 24 meses: